Introdução
Na prática de enfermagem, os cuidados com sonda vesical desempenham um papel vital na promoção da saúde do paciente.
Este guia explora as nuances associadas à inserção, manutenção e educação do paciente sobre sondas vesicais.
A compreensão aprofundada desse procedimento é fundamental para garantir o bem-estar dos pacientes e prevenir complicações.
Ao mergulhar neste artigo, esperamos não apenas fornecer um conhecimento técnico sólido, mas também cultivar uma abordagem empática para com os pacientes.
Definição
A sonda vesical é um dispositivo médico utilizado para drenar a urina da bexiga quando a micção normal é impossível ou prejudicada.
Existem diversos tipos de sondas, cada uma destinada a finalidades específicas, como a sonda vesical de demora para uso prolongado ou a sonda de alívio para procedimentos temporários.
A inserção da sonda requer habilidade técnica, conhecimento anatômico e atenção à assepsia.
Tipos de sonda
As sondas vesicais desempenham um papel crucial em situações clínicas em que o processo natural de esvaziamento da bexiga está comprometido.
Entre os diversos tipos de sondas, três se destacam: a sonda vesical de alívio, a sonda vesical de demora 2 vias e a sonda vesical de demora 3 vias.
Sonda Vesical de Alívio
A sonda vesical de alívio, é inserida apenas quando é necessário esvaziar a bexiga.
Após o procedimento, a sonda é removida, sendo indicada para casos pontuais, minimizando desconfortos relacionados ao uso prolongado de sondas.
Sonda vesical de demora 2 vias
A sonda vesical de demora 2 vias, também chamada de sonda de Folley, é utilizada em situações de longa duração.
Possui um balão inflável que a mantém fixa na bexiga, permitindo a drenagem contínua da urina.
É indicada em cirurgias urológicas, retenção urinária e monitoramento prolongado da produção de urina.
Sonda vesical de demora 3 vias
Similar à sonda de demora 2 vias, a sonda de demora 3 vias possui um canal adicional.
Esse terceiro canal é utilizado para a irrigação da bexiga, sendo indicada em casos específicos que requerem lavagem contínua, como após procedimentos cirúrgicos urológicos.
Indicações
A escolha entre esses tipos de sondas vesicais é determinada pelas necessidades clínicas do paciente e pela natureza do procedimento.
Cada uma delas desempenha um papel específico no cuidado da função urinária comprometida, e a decisão deve ser tomada com base na avaliação individual de cada caso.
Riscos
A sondagem vesical, embora seja um procedimento comum e muitas vezes necessário, apresenta alguns riscos e complicações potenciais, tais como:
- Infecções do Trato Urinário (ITU):
- A introdução de uma sonda na uretra pode aumentar o risco de infecções, especialmente se as técnicas assépticas não forem rigorosamente seguidas.
- Lesões no Trato Urinário:
- A inserção inadequada da sonda pode causar lesões na uretra, bexiga ou ureteres, podendo resultar em complicações mais graves.
- Hemorragia:
- Trauma durante a inserção da sonda pode levar a hemorragias, especialmente em pacientes com condições médicas preexistentes que afetam a coagulação.
- Obstrução da Sonda:
- A sonda pode ficar obstruída por coágulos sanguíneos, cristais ou depósitos minerais, prejudicando o fluxo adequado da urina.
- Reações Alérgicas ou Irritação:
- Algumas pessoas podem desenvolver reações alérgicas aos materiais das sondas ou experienciar irritação localizada.
- Dor e Desconforto:
- O procedimento em si e a presença da sonda podem causar dor e desconforto ao paciente
Pacientes e cuidadores devem estar cientes dos sintomas de complicações e relatar qualquer preocupação aos profissionais de saúde.
Cuidados de enfermagem
Nos cuidados com a sonda vesical, a diligência e procedimentos adequados são fundamentais para evitar complicações e promover a recuperação do paciente.
Profissionais de enfermagem desempenham um papel essencial na gestão das sondas vesicais.
Explore esta lista abrangente para garantir um acompanhamento eficaz e seguro.
- Lave cuidadosamente as mãos com água e sabão antes e após manusear a sonda.
- Fixe a sonda na coxa usando fita adesiva (esparadrapo ou micropore) para evitar qualquer tracionamento indesejado.
- Nunca deixe a bolsa coletora no chão.
- Clampear a extensão da sonda durante movimentações do paciente (deitar/levantar/mudar de posição).
- Esvazie a bolsa coletora regularmente para prevenir o refluxo da urina.
- Evite elevar a bolsa coletora acima do nível da cintura.
- Realize a higiene íntima diariamente ou após evacuação.
- Informe ao médico se o paciente apresentar febre, urina com coloração escura ou sanguinolenta, odor desagradável na urina, presença de pus ou dor.
Troca da sonda: Não há indicação de troca periódica da sonda; a troca deve ocorrer apenas em casos de mau funcionamento ou por decisão médica.
Leave a Reply